Guinga já foi uma espécie de identidade secreta do dentista Carlos Althier de Souza Lemos Escobar. Embora atue na música desde os anos 1960, foi a partir dos 1990 que começou a ser reconhecido como um dos maiores violonistas e compositores brasileiros. Ele chega aos 70 anos, em 10 de junho, consagrado como artista fundamental, admirado por colegas de geração e idolatrado por jovens músicos.
Se sua obra não é popular, não é por ser difícil, como se diz por aí, mas talvez por ser bonita demais. Defendem essa ideia Mônica Salmaso e Leila Pinheiro, cantoras que deram depoimentos para este programa. O violonista e arranjador Paulo Aragão e a cantora, compositora e violonista Anna Paes, dois grandes conhecedores do trabalho de Guinga, explicam de onde vem a originalidade dele, o que é que o Guinga tem.
Ouvir relatos e opiniões sobre o músico é o norte deste especial, que celebra seus 70 anos. Mas há dois trechos da entrevista que Guinga deu à Batuta em 2018. Naquela ocasião, ele interpretou no estúdio a autobiográfica Meu pai, versão também reproduzida aqui.
Repertório
Senhorinha (Guinga e Paulo César Pinheiro) – Mônica Salmaso
Melodia Branca (Guinga) – Guinga
Igreja da Penha (Guinga) – Guinga
Meu pai (Guinga) – Guinga no estúdio da Rádio Batuta
Valsa para Leila (Guinga e Aldir Blanc) – Leila Pinheiro
Bolero de Satã (Guinga e Paulo César Pinheiro) – Mônica Salmaso
Roteiro e apresentação: Luiz Fernando Vianna
Edição: Filipe Di Castro