Francisco Alves podia não saber, mas estava fazendo história quando escolheu duas músicas para um dos discos de 78 rotações que lançou em 1928. No lado A, “Não quero saber mais dela”, de Sinhô, que se autointitulava “o rei do samba”, mas ainda fazia um samba com toques de maxixe. No lado B, “Me fez carinhos”, de Ismael Silva, exemplo do estilo que consagraria o gênero. O disco sintetiza a transição de uma fase para outra.
O jornalista João Máximo, biógrafo de Noel Rosa e profundo conhecedor da história da música brasileira, explica a Pedro Paulo Malta essa passagem que o disco representa e destaca o papel de Francisco Alves, hoje menos reconhecido.
Esse disco está entre os mais de 46 mil, todos em 78 rpm, que compõem o acervo do site Discografia Brasileira, do IMS.
Roteiro e apresentação: Pedro Paulo Malta
Edição: Luiza Silvestrini
Sonorização: Claudio Antonio
Gravação: Filipe Di Castro
Supervisão: Luiz Fernando Vianna
Identidade visual: Kiko Farkas
Distribuição: Mario Tavares
Outros episódios:
Episódio 1 – O tesouro de Chiquinha Gonzaga
Episódio 3 – A linda morena de Lamartine
Episódio 4 – O Bando da Lua e outras vozes
Episódio 5 – Um disco, dois Pixinguinhas: ‘Carinhoso’ e ‘Rosa’
Episódio 6 – Aracy de Almeida canta o miserê e a orgia
Episódio 7 – O mar e o violão de Dorival Caymmi
Episódio 8 – ‘Asa branca’ nasceu antes de Luiz Gonzaga criá-la
Episódio 9 – Jacob do Bandolim ilumina Ernesto Nazareth
Episódio 10 – ‘Chega de saudade’, a glória final dos 78 rpm