O samba já tocou em certos tabus antes de eles serem discutidos mais abertamente pela sociedade. Mas tocou, quase sempre, com sutileza humor. Noel Rosa tratou de homossexualidade em 1932, em Mulato bamba, que pode ter sido inspirado no famoso malandro Madame Satã. Em Paft-paft, de 1938, Gadé inverteu o que se considerava a regra e pôs uma mulher batendo num homem. Wilson Baptista, no início da década de 1940, fez dois lindos sambas sobre racismo e amor desapegado de grilhões sociais: Preconceito e Lealdade, respectivamente.
Repertório
Mulato bamba (Noel Rosa) – Mario Reis
Paft-paft (Gadé) – Aracy de Almeida
Preconceito (Wilson Baptista e Marino Pinto) – Orlando Silva
Lealdade (Wilson Baptista e Jorge de Castro) – Caetano Veloso
Feminismo no Estácio (João Bosco e Aldir Blanc) – João Bosco
Apresentação: Luiz Fernando Vianna (com Petria Chaves, da CBN)
Roteiro: Luiz Fernando Vianna
Edição e sonorização: Filipe Di Castro