A ascensão fulminante de Orlando Silva ao topo da música nacional, tornando-se também um dos mais populares brasileiros no final dos anos 1930, é a vitória de um homem sobre seu destino, como ressalta João Máximo no primeiro capítulo da série. Ele perdeu cedo o pai violonista, teve infância pobre, foi cobrador de ônibus e precisou amputar parte do pé esquerdo por causa de um acidente. Ainda assim, tamanho era seu talento que, embora sem padrinho, cativou outros artistas, inclusive o maior cantor de então, Francisco Alves. Chegou ao rádio, chegou aos discos, chegou ao ápice a partir de 1935, gravando em poucos anos clássicos como Carinhoso e Lábios que beijei.
Músicas
Carinhoso (Pixinguinha e João de Barro) – 1937
Aos pés da cruz (Zé da Zilda e Marino Pinto) – 1932
Lágrimas (Cândido das Neves [Índio]) – 1935
A felicidade perdeu seu endereço (Claudionor Cruz e Pedro Caetano) – 1940
Não foi por amor (Zé da Zilda e Germano Augusto) – 1935
Chora, cavaquinho (Waldemar de Abreu [Dunga]) – 1935
Lábios que beijei (J. Cascata e Leonel Azevedo) – 1937
Juramento falso (J. Cascata e Leonel Azevedo) – 1937
Solidão (José Maria de Abreu e Francisco Matoso) – 1937
Boêmio (Ataulfo Alves, Jota Pereira e Orlando Portela) – 1937
Rosa (Pixinguinha e Otávio de Souza) – 1937
Concepção, roteiro e apresentação: João Máximo
Edição e sonorização: Filipe Di Castro